Paraísos naturais, sol quente, comida gostosa e muita música, existem milhares de elementos para descrever Pernambuco, estado do Nordeste que recebeu em torno de 3 milhões de turistas no primeiro semestre de 2018. Apesar dessas marcas, a definição mais simbólica do espírito pernambucano é o Leão do Norte.

De moedas à bandeira oficial do estado e da cidade de Recife, o Leão do Norte está grafado no imaginário popular. Nome dado pelo então capitão donatário da Capitania de Pernambuco e fundador de Olinda, Duarte Coelho Pereira, remete à coragem e bravura de seu povo e sua história, repleta de combates por liberdade. 

O Leão do Norte na luta pela independência

Capitania em franco crescimento econômico do início do século 18, Pernambuco passou por uma seca em 1816 e entrou em uma crise sem precedentes no ano seguinte, 1817. Às perdas na cana de açúcar e algodão somaram-se novos impostos com a transferência da corte portuguesa para o Brasil.

Influenciada pelas ideias iluministas do período, a elite local passou a conspirar em sociedades secretas, principalmente nas lojas maçons da cidade, à exemplo dos seminários religiosos, em que padres e freis se reuniam para denunciar as arbitrariedades da coroa sobre a classe média e os mais pobres. Da união dos grupos eclodiu a luta armada, que teve apoio popular.

A revolução estourou em março, quando um oficial do exército conspirador respondeu a uma ordem de prisão matando seu general. Mobilizados, os separatistas tomaram Recife e declararam a fundação da República de Pernambuco, onde determinou-se o fim da censura à imprensa e às religiões, o cancelamento dos impostos, a instituição dos poderes legislativo, executivo e judiciário, e aumento salarial para soldados. Apesar das medidas progressistas, mantiveram a escravidão.

O sonho de liberdade, que estendeu-se pelo Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba durou 90 dias e acabou sufocado pelo ataque de 80 mil soldados da coroa portuguesa, que cercaram a capitania. As ideias dos revoltosos prosperaram no tempo, o dia 6 de março, início da insurreição, tornou-se data magna do estado e sua atual bandeira é inspirada na bandeira da República de Pernambuco, que ostentava em seu topo o Leão do Norte. 

“Eu sou mameluco, sou de Casa Forte, sou de Pernambuco eu sou o leão do Norte”

O trecho da música de Lenine e Paulo César Pinheiro é um clássico regional que desenha um extenso e essencial panorama da cultura popular e tradicional de Pernambuco. Festas, cortejos, episódios, artistas e muitas curiosidades são ritmadas e contadas em uma trova moderna composta pelos pernambucanos. 

O refrão remete às principais características de seu povo, mamelucos, ou seja, miscigenação de homens brancos e indígenas; origem da Casa Forte, um dos principais e mais antigos bairros de Recife; por fim a associação do símbolo Leão do Norte à própria ascendência do estado.

Agora que você conhece um pouco mais da história por trás do beat Leao beat, acesse www.airbit.com/frosebeats e adquira com exclusividade!

leaobeat-frosebeats-pernambuco

Leaobeat

A faixa Leaobeat homenageia a cultura e  história de luta,...R$0,00R$50,00
Notícias

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *